O Maníaco do Parque

O Maníaco do Parque

⚠️Conteúdo sensível. Pode ter spoilers.

Esse é um caso famoso, muito noticiado pela mídia na época: no final da década de 90, Francisco de Assis Pereira, conhecido como Maníaco do Parque, confessou ter assassinado, com requintes de crueldade, nove mulheres, e ter abusado s3xu@lment3 de outras dez, no Parque do Estado em São Paulo. Ele foi acusado e condenado por sete homicídios e dez abusos.

Porém, mesmo para quem já ouviu ou leu muita coisa sobre este serial killer, essa leitura vale a pena. Tem coisas que eu nem imaginava.

Como o fato dele querer ser mulher (ele confessou a um amigo e as psicólogas identificaram no teste de Rorschach).

Ou o fato dele ter se envolvido também com homens, ou a fimose (que, além de quase impedir de ter relações s3xuals, juntava um sebo, porque ele não lavava a região direito, ao ponto de deixar o órgão extremamente fedido), o trabalho no matadouro, o 3stupr0 coletivo sofrido no Exército, a infância pobre, a negligência, o bullying…

Se ele tivesse tido uma infância saudável, será que, ainda assim, se tornaria um assassino? Acho que não, mas não tem como sabermos.

A melhor parte, para mim, foi o autor contando a história de algumas das vítimas, nos fazendo entender os possíveis motivos delas terem aceitado entrar no parque com o Maníaco. Muito fácil julgá-las estando nós sentados no trono dos nossos privilégios.

Além de ser muito simpático, persuasivo, ter trejeitos afeminados (tanto que foi reprovado no Tiro de Guerra por causa disso), ser instrutor de patinação e já até ter aparecido em jornais e na TV por conta da patinação, o assassino abordava mulheres que ele identificava como fragilizadas e/ou com baixa autoestima. Vale lembrar que eram outros tempos, o acesso à informação pela Internet não era tão simples como é hoje.

E ele pode ser solto em 2028… Gzuz…

A escrita do autor é sensacional! Um dos trechos que amei é quando o autor está falando sobre “Zé Galinha”: apelido que Francisco ganhou no Exército por receber muitas ligações de mulheres. “Mas, verdade seja dita, bonito mesmo, ele nunca foi”.

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